A Importância do Abraço em Momentos de Pandemia

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 Estamos vivendo numa pandemia mundial, onde um vírus nos privou do contato pessoal, do carinho, do abraço. Hoje famílias ficam períodos longos sem se ver, e quando conseguem se encontrar não podem se encostar, se tocar para que a doença não se propague. Nem mesmo no luto conseguimos nos despedir daqueles que se foram. Neste momento de tensão mundial, onde temos um vírus circulando com facilidade em todos os lugares, estamos lutando contra o invisível e temos que nos proteger e cuidar do próximo, daqueles que amamos. Por isso é indispensável o uso de mascara, mesmo estando imunizado, pois vacinas não tem eficácia 100% comprovada. Um abraço apertado pode curar, pode salvar uma vida. Um abraço com amor cura uma dor. Um abraço com emoção esquenta o coração. Mas você me pergunta: Como abraçar se não podemos nos tocar? Simples, podemos abraçar alguém com uma mensagem de texto, uma mensagem de voz, uma ligação, uma carta (isso mesmo, podemos escrever cartas), um bilhetinho jogado no quintal,

Plano Collor: O Fiasco

Olá Galera
Meu Nome é Guilherme, tenho 29 anos, sou de sorocaba e amo histórias do Brasil.

Esse é um blog que irá relembrar de fatos marcantes do passado do nosso querido país.

Para começar, vamos falar do pior plano econômico que se tem notícia.

O Plano Brasil Novo, mais conhecido como Plano Collor, foi um plano econômico lançado 1990 cujo objetivo era controlar a inflação no Brasil.

Contexto Histórico
O Brasil vivia momentos de euforia política, pois em 1989 seriam celebradas as primeiras eleições diretas e pluripartidárias para presidente, após o fim da ditadura militar.

Por outro lado, a inflação e a estagnação econômica eram os principais problemas que o país enfrentava.

Após 30 anos sem poder eleger um presidente, o brasileiro sentia que reconquistava seus direitos políticos que haviam sido suspensos pela ditadura militar. Uma nova Constituição fora promulgada e novos direitos trabalhistas e sociais haviam sido incluídos na Carta Magna, o que deixava a população confiante.

Durante a campanha, lideranças históricas como Lula da Silva, da esquerda, ou Uliysses Guimarães, da direita, se apresentaram como opções. Entretanto foi o jovem governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello, que soube conquistar os eleitores com sua imagem moderna, atlética e de combate aos corruptos.

O cenário externo não era dos melhores. A década de 80 foi dominada pela implementação do neoliberalismo em países como os Estados Unidos e o Reino Unido.

Desta maneira, estava na ordem do dia privatizar e reduzir o gasto público. O neoliberalismo no Brasil seria posto em prática pelo governo Collor.

Origem
O Plano Collor foi decretado através de uma medida provisória. Isso quer dizer que ele não foi levado ao Congresso Nacional para debate e nem votado pelos congressistas.
Igualmente, Collor de Mello e sua equipe jamais tinham mencionado dito plano durante a campanha eleitoral. O candidato prometia acabar com a inflação e melhorar a economia, mas reforçava que seria através do combate à corrupção e da demissão de maus funcionários públicos.

Assim, a população brasileira foi tomada de surpresa com o feriado bancário de três dias após a posse. Mas o que geraria mais espanto foi a comunicação realizada pelo próprio presidente Collor de Mello no dia 16 de março de 1990 explicando o plano econômico.

Collor de Mello e Zelia Cardoso Plano Collor

O presidente Collor de Mello cumprimenta Zélia Cardoso de Mello no dia da sua posse como ministra da Economia.

Collor nomeou como responsável pela pasta econômica, a professora da USP Zélia Cardoso de Mello. Ela não tinha experiência política, mas tinha sido ex-assessora da Secretária do Tesouro, durante os anos 80. Ali conheceria Collor, então governador de Alagoas, e trabalharia com ele desde o começo da campanha eleitoral.

O ministério da Economia englobou os do Planejamento e da Fazenda, além de secretarias como a Receita Federal. Zélia Cardoso era, assim, uma das ministras mais poderosas do governo.

Medidas do Plano Collor
Poupança retida para quem tivesse depósitos acima de 50.000 cruzeiros novos (atualmente, 5000 a 8000 reais);
os preços deveriam voltar aos valores de 12 de março;
mudança da moeda: de cruzados novos para cruzeiros, sem alterações de zeros;
início do processo de privatização de estatais;
reforma administrativa com o fechamento de ministérios, autarquias e empresas públicas;
demissão de funcionários públicos;
abertura do mercado brasileiro ao exterior com a extinção de subsídios do governo;
flutuação cambial sob controle do governo.
A medida mais polêmica do Plano Collor foi a retenção das poupanças nos bancos, para os correntistas que tivessem depósitos acima de 50.000 cruzeiros. Rapidamente, isto foi chamado de “confisco” pela população.

O governo retinha os depósitos acima deste valor e pretendia devolvê-los em 18 meses com correção e juros de 6% ao ano. Com isto, visava conseguir liquidez para financiar projetos econômicos.


Segundo a Ministra Zélia Cardoso de Mello, 90% das contas de poupança brasileiras eram abaixo deste valor e esta retenção não prejudicaria a economia nacional. Igualmente afirmava que o que o que o governo ressarciria os depósitos dentro do prazo estipulado.

Tal fato nunca ocorreu e milhares de correntistas tiveram que entrar na Justiça para reaver seu dinheiro.
Plano Collor 2

O plano Collor 1 foi um fracasso. Embora tivesse conseguido diminuir a inflação no primeiro mês, nas semanas seguintes os preços continuariam a aumentar e os salários a diminuir.

Também por medida provisória publicada em 1º de fevereiro de 1991, o presidente instituiu mais normas econômicas que seriam conhecidas como o Plano Collor 2.
Dentre elas estavam:

Aumento de tarifas públicas para os Correios, energia e transporte ferroviário;fim do overnight e criação do Fundo de Aplicações Financeiras (FAF);criação Taxa de Referência de Juros (TR).

Consequências

Os planos Collor 1 e 2 não conseguiram salvar a economia brasileira e tampouco conter a inflação. Alguns economistas afirmam que o Brasil quebrou, pois os créditos ficaram mais caros e difíceis de obter. Outros estudiosos apontam que foi apenas uma recessão muito profunda.
Isso deixou vários pequenos empresários e investidores falidos, acarretando suicídio e morte de várias pessoas por enfarte.
Em seguida, o desemprego aumentou substancialmente, a indústria nacional foi sucateada e algumas estatais foram vendidas abaixo do preço de mercado.
Somente em São Paulo, no primeiro semestre de 1990, 170 mil postos de trabalho deixaram de existir. O PIB (Produto Interno Bruto) diminuiu de US$ 453 bilhões em 1989 para US$ 433 bilhões em 1990. Da mesma forma, houve desmonte das ferrovias e cortes de investimento em infraestrutura por parte do governo federal.
Posteriormente, Collor de Mello se veria envolvido e acusado de corrupção pelo seu próprio irmão, Pedro Collor de Mello. A população foi às ruas e exigiu o impeachment para o presidente. No entanto, antes que o processo fosse iniciado, Collor renunciou ao cargo em 29 de dezembro de 1992.

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